
Poética (II)
Com as lágrimas do tempo
E a cal do meu dia
Eu fiz o cimento
Da minha poesia
E na perspectiva
Da vida futura
Ergui em carne viva
Sua arquitetura
Não sei bem se é casa
Se é torre ou se é templo
(Um templo sem Deus)
Mas é grande e clara
Pertence a seu tempo
- Entrai, irmão meus!
( Vinicius de Moraes - Rio 1960 )
4 comentários:
poema do arquiteto?
Bonita a metáfora, né? Ainda assim acho que ele tá mais pra arquiteto de poemas!
Percebo sua identificação com o poema, visto ser, vc mesma, uma poetisa e arquiteta (em formação).
Mantenha-as juntas (poesia e arquitetura). Você não se arrependerá e será muito feliz.
Bj
Sábias palavras, querido, como sempre.
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